quarta-feira, 4 de junho de 2008

Técnicas de Karate

As formas de batimento com as mãos e pés, joelhos, cotovelos, cabeça, são variadas. Fixarei as mais racionais, eficazes e, sobretudo, as que se aprendem até ao 1º Dan. Não é necessário possuir uma variedade grande de técnicas para ser um bom karateca mas sim conhecer em profundidade as fundamentais. Aos iniciados estas técnicas parecerão talvez resumidas, em comparação com certos volumes da especialidade, noutras línguas, que apresentam formas variadas de bater com a mão que só servem como prova documental das imensas possibilidades do Karaté.
Bases das armas naturaisO Seiken é o famoso Tsuki que quer dizer bater directo. É a mais devastadora forma de batimento da bagagem do Karateca, e a única que permite utilizar toda a força em bloco do corpo no ataque. Para conseguir um Tsuki com urna força deveras importante é necessário começar pelo fechar da mão. Fechar primeiro as falanges da ponta dos dedos, a seguir os nós dos dedos, apertando bem as unhas contra a palma da mão; o dedo polegar deve apertar-se bem contra o indicador. A face do punho deve ficar completamente direita. Para consegui-lo são muito úteis as flexões sistemáticas com os punhos no solo, que endurecem extraordinariamente os nós dos dedos.

O martelo de mão - TetssuiO Tetssui ou martelo de ferro, traduz-se na utilização da parte lateral do punho, técnica terrivelmente eficaz no ataque á nuca, ao cotovelo, á têmpora, etc..


O reverso do punho - UrakenO Uraken é a parte do reverso do punho, sendo o golpe dado normalmente de cima para baixo ou de lado.

O sabre ou cutelo da mão - ShutoO golpe com a parte de for a da mão em cutelo é o meio de resposta mais conhecido e mais utilizado em Karaté. Este golpe é muitas vezes a identificação do Karaté e oferece múltiplas possibilidades em combate. Como o punho, a mão bem esticada deve ser sólida e sempre sob tensão, o polegar deve dobrar-se contra a palma da mão para evitar entroses e luxações. Este ataque é utilizado á garganta, ás têmporas, nuca, flancos, raiz do nariz, entre os olhos, etc.. Em defesa, blocagens do punho, dos ataques de pés, etc..

As pontas dos dedos - NukitéO Nukité são as extremidades dos dedos e é muito utilizado em ataques á garganta e ao estômago. Este ataque é formado pela ponta dos dedos reunidos ou pelo dedos separados (ataque aos olhos). As técnicas de Nukité necessitam pouco do emprego da força e são de terrível eficácia.
A palma de mão - TeishoEsta técnica circunscreve-se à parte inferior e carnuda da mão, muito potente e utiliza-se em ataques ao baixo ventre, nariz, testa e também em paragens do corpo, á cabeça ou ao peito, para executar contra ataques. Dada na base do nariz, de baixo para cima, causa a morte, pois espeta o osso do nariz no cérebro!
O cotovelo - EmpiO cotovelo, por estranho que pareça é a arma mais potente do corpo humano. Esta parte do corpo pode bater em quase todas as situações junto ao adversário. Particularmente eficaz no corpo a corpo, o seu emprego necessita relativamente pouca força. Pode executar-se directo, circular, para trás e para baixo e o impacto faz-se com a ponta do osso (apófise do cúbito). Os pontos de batimento podem situar-se na cabeça, plexo solar, abdómen, costelas, nas costas e na espinha, sendo o golpe verdadeiramente esmagador se dirigido num movimento circular do exterior para o interior.
Pés - Kakato - Koshi - SokutoDividirei as imensas possibilidades de trabalho de pés em três mais conhecidos e aplicados nas técnicas até cinto negro.O kakato - É o batimento com o calcanharO Koshi - A parte carnuda deixado dos dedos dos pés. É aplicada nas técnicas Mae-Gueri e MawashiO Sokuto - A parte do sabre do pé. É conseguido através da contracção do artelho, directamente para o lado, e aplica-se nas técnicas de Yoko-Gueri.
O joelho - HizaComo o cotovelo, o joelho possui uma terrível força. A articulação deve porém estar reflectida no seu máximo. A aplicação é directa ou circular, podendo usar-se nos ataques ao baixo ventre, cabeça ou costela, peito, abdómen, dorso, segundo a posição do adversário no momento.

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